sábado, março 18, 2006

VONTADE PROFUNDA...

Pedaços de mim que deixo para um dia, com a minha profunda vontade... esta que não entendes, esta que se eleva pela eternidade. Muito se eleva e seu sustento é como um sorriso. Deixo-te todos os meus sorrisos, os escritos e os outros. Neste acaso e silêncio entendido, procuro outro mundo... libertar-me de tudo isto, isto que não encontro valor algum. A minha vontade é demasiadamente profunda e algo escapa.

18.03.2006

sábado, março 11, 2006

FICAM PALAVRAS APENAS

Ficam palavras, apenas palavras! Ficam pedaços de mim, fragmentos de um dia desolado que guardo na minha pasta. Sinto-me cansada e resseguida desta caminhada, penso em ti e continuo a tonta de sempre... preterida por nunca ser amada. Mulher vazia, da vida indesejada... apenas ficam palavras naquela laje, fria.
Ouço música no silêncio e penso nas vozes da poesia, lanço meu cabelo longo ao vento e canto para ti, palavras apenas... de amor. Palavras que me tomam fortemente e assim adormeço sem que volte para o teu lugar.

11.03.2006 - 02:21h

sábado, março 04, 2006

PROFUNDAMENTE

Tão profundamente todo este sentir, esta forma de te olhar, enquanto um poema escrevo, enquanto vislumbro outros horizontes, outras metades punjantes, em medidas que não consigo precisar. Disse o chaga! Disse outros lugares enquanto a chuva bate na minha janela e o carro tenho que estacionar... chove bastante lá fora, sinceramente o dia está uma merda e não consigo encontrar o que procuro há bastantes anos. Parece que nunca mais... profundamente deixo-te o silêncio, este acaso que já não tem prazo... toda a minha maneira de ser que se dispersa.

04.03.2006 - 09:57h

quarta-feira, março 01, 2006

SILÊNCIO DO SILÊNCIO

No silêncio da minha vida existes, formas o meu ser, ainda que toda a minha carne fique perdida, mas é por amor, por vontade e entrega profunda... a entrega que já morreu, a entrega onde tudo se perdeu e o nada subsiste.
Vivo por ti e esqueço toda a existência, ainda que a ilusão deixe o meu ser na profundidade do nada. O nada acompanha-me como que se alguma coisa tivesse de existir e a existência assusta-me imenso, só que mais nada posso fazer. Não faço mais nada e sinto que me perco no passar de cada dia. Cada momento é uma ilusão que se abre numa dor cada vez mais maior, onde a impotência é um desejo em regresso que se abate numa conformação.

01.03.2006 - 23:23h