quarta-feira, outubro 18, 2006

SEM AFECTOS

Perdido no Centro Comercial, face a olhares ausentes do meu, cambaliei no contorno das formas. Triste, invadido pela solidão, tentando uma vez mais lidar com a rejeição e mentalizar-me que não existe uma pessoa que goste de mim, do mesmo modo que eu possa gostar.
Correm-me lágrimas, sustento anseios e revoltas... nesta insatisfação constante. Caminho sem querer olhar para quem me rodeia, mentindo, porque o desagrado é terrível! As mesmas coisas, os desafios, as rejeições constantes e os aplausos do nada. O olhar quebrou-se levando-me para um sorriso falso, a um desagrado que me custa a falar. Não foco o olhar, mentalizei-me que por interesse que mais que possa existir, tudo o que existe não passa de uma hipótese sem fundamento. Desejo chorar, ir embora, ir ao encontro da natureza e de uma vez por todas matar os afectos, sem que me deixe afectar pelos outros.
Não preciso que tenham pena de mim, apenas cansei de imposturas... tento ser outro mas não consigo e cada vez mais me sinto perdido no seio deste mundo!

15.10.2006 - 23:22h

domingo, outubro 01, 2006

NADA ME PREENCHE NESTES TEMPOS

Nesta manhã de mudança, com um pouco de sono... ouço lá fora o trânsito passar, sinto que algo se passa e não consigo entender aqueles movimentos. Fico-me por aqui, nestes degraus do pensamento, entre os meus sentimentos, distribuídos, por situações que nem sei avaliar e tudo o que faça não me preenche, desde aquele dia em que comecei por pensar a vida de outro modo.
As minhas ambições são bastantes, mas parece, faltar-me algo, sim algo, eu disse isso. Digo-te sempre muitas coisas, mas tu nunca ouves nada. Passei a manhã a gravar dois cd's, para te dar logo à tarde quando vieres ter comigo. Nunca te cobro nada e já me habituei ao que nunca pensara... a vida vai ensinando estas coisas e amanhã será um novo dia, com aventuras, viagens e quem sabe, conhecer novas pessoas. Mando-te mensagens, umas respondes, outras não, és sempre assim. Nada a fazer quando as cabeças são casmurras. Paciência, a sorte é que a minha esperança tem novidade para outros dias, reparo sim que, não és a pessoa mais importante na minha vida, ainda que pensessa o contrário, estaria a enganar-me. E enganar-me a mim, não, sabes que cansei dessas coisas, e desde bastante tempo.
Agora vou dar uma volta... mais tarde até Lisboa, curtir o tempo que me resta da vida, com quem comigo estiver na onda. É o que resta da vida, viver com quem está connosco e nada mais. É bastante simples mesmo.
Vou, deixa ir... preciso ir mesmo. Fica e fiquem bem. Toda a gente.

01.10.2006 - 09:39h