domingo, janeiro 21, 2007

DO VÉU E DOS SONS

Ligo... mas raramente atendes! És sempre a mesma coisa. Contar contigo é mentira... ando a dar uma volta sem destino... estou num estado de raiva e revolta. Neste desarranjo de corpo pendido, quase esquecido, hoje fui usado, como se fosse aquela coisa entre as coisas de satisfazer, pouco mais te sei o que dizer. Apenas sinto que tenho um programa... pobre rapaz de programa!
Ando por aqui, mas, não quero ver ninguém... detesto o barulho das crianças e todos os olhares ferem-me a alma. Nem olho para as pessoas. Continuo a olhar, continuo a escrever e os meus programas absorvem-me em cada dia, em cada pulsão, por uma vitória carnal, mas a mais perfeita entre as situações que os corpos possibilitam.
Coitado daquele que precisa dos outros... o apoio é cobrado a preço elevado. Preciso colocar um ponto final em certas situações e não revelar nada a mais ninguém. Resta-me apenas a lembrança para poder viver e vivo até que a saúde me permita.

21.01.2007 - 16:44h